ARQUITETURA,  Todas

Lugares arquitetônicos para conhecer em Catar, país da Copa do Mundo

A aproximação da Copa do Mundo, a ser realizada entre novembro e dezembro de 2022, despertou a curiosidade de muita gente sobre o país que receberá o evento: o Catar. Assim, quem for visitá-lo durante os jogos, ou mesmo depois, deve reservar um tempo para conferir seus marcos arquitetônicos.

“A arquitetura do Catar costuma surpreender os fãs do assunto, pois é possível encontrar construções com bases tradicionais beduínas, que possuem materiais e acabamentos mais simples e básicos”, destaca a guia turística brasileira Daniela Maciel, residente no Catar há 15 anos. “Há também exemplos futuristas, modernos e ganhadores de prêmios, como o Museu de Arte Islâmico, desenhado por Ieoh Ming Pei, que também foi o responsável pelas pirâmides do Museu do Louvre.” 

Com alguns trabalhos importantes na região, o arquiteto Junior Andrade destaca que o Oriente Médio, como um todo, é pioneiro na arquitetura paramétrica, ou seja, uma arquitetura futurista, com metodologias novas e formas orgânicas.

“O Catar é um misto de arquitetura futurista, regional e clássica. No que diz respeito à arquitetura futurista, quem for ao país durante a Copa do Mundo, poderá vê-la, não apenas nos novos estádios, mas também nas áreas que foram construídas para o evento”, ele comenta. “Como a região portuária na Pearl, uma ilha artificial que receberá stands de várias marcas famosas e patrocinadores da Copa.” 

Para Junior, há passeios imperdíveis fora do eixo Copa do Mundo, como os shoppings Villagio e Catara, o Museu Nacional do Catar, a mesquita Imam Abdul Wahhab (a maior de Doha), entre outros. “Centros comerciais mais antigos, como o Souq Waqif, demostram uma arquitetura mais local, com técnicas antigas com o uso de madeira e argila, mosaicos e muxarabis”, afirma o arquiteto.

Já Daniela recomenda ainda a área financeira West Bay, em Doha, cujos edifícios inusitados já ganharam diversos prêmios de arquitetura moderna.

Arquitetura brasileira e catariana

Diferentemente do Brasil, a arquitetura do Catar possui mais influências internacionais. Para Junior, a explicação está no fato da riqueza de materiais encontradas por aqui. 

“A arquitetura sempre será um misto de cultura, materiais e técnicas. No Catar, por estar localizado no deserto, vemos uma internacionalização muito grande da arquitetura”, diz o arquiteto. “No Brasil, por outro lado, temos uma infinidade de materiais, cores e texturas, o que permite criar a partir da nossa terra. Talvez, por isso, a internacionalização vá mais devagar em nosso território.”

Para o profissional, foi justamente a internacionalização que permitiu que seu escritório trabalhasse no Oriente Médio. No Catar, por exemplo, ele assina o novo showroom da Lamborghini, Bentley e Bugatti, em Doha. 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

3 + 6 =