Arquiteta Carol Ross Barney leva a medalha de ouro do prêmio AIA
A arquiteta americana Carol Ross Barney levou a medalha de ouro do AIA (American Institute of Architecture) de 2023, a maior honraria da premiação, que reconhece profissionais cujo trabalho teve uma grande influência na área. Natural de Chicago, ela é conhecida por perseguir, desde os anos 1980, “uma arquitetura que melhore a vida cotidiana de todos os que com ela interagem”, segundo o instituto.
“Seus projetos reflexivos e transformadores, quase todos na esfera pública, são imbuídos de esperança e recebidos com aclamação. Todo o seu trabalho foi guiado pelo ethos de que um bom design é um direito, não apenas um privilégio”, descreve o AIA.
Sua carreira começou no Peace Corps, uma agência federal independente, criada em 1961 para ajudar países em desenvolvimento, onde participou da construção do Costa Rica National Park Service, no país da América Central. De volta aos Estados Unidos, fundou seu escritório, o Ross Barney Architects, em 1981, em Chicago, e desde então acumula mais de 200 prêmios nacionais e internacionais.
Em 1997, ela foi responsável pelo projeto do edifício federal de Oklahoma City, erguido para substituir o prédio anterior, destruído em um atentado em 1995. “Muito longe de uma fortaleza inexpugnável, a edificação em forma de U com 15 mil m², concluída em 2005, integra as medidas de segurança necessárias com respeito aos pedestres e à cidade ao redor”, destaca o instituto.
A arquiteta também teve grande participação na revitalização da orla do rio Chicago, com a criação de espaços públicos de entretenimento por uma área de 2 quilômetros ao longo da hidrovia. Segundo o AIA, o projeto rendeu uma “nova sala de estar emocionante para os habitantes da cidade”, com passeios de caiaque, bar de vinhos, memorial de veteranos e inúmeras outras atrações, servindo de modelo para as cidades pensarem melhor as orlas de rios.
Ela também atua, há quase 30 anos, como professora-adjunta do Instituto de Tecnologia de Illinois. “Com foco na excelência do design, responsabilidade social e generosidade, ela é uma arquiteta incomparável para o povo. Ao longo de todo o seu trabalho, ela se esforçou para tornar o mundo um lugar melhor e, ao fazê-lo, deixou uma marca indelével na profissão. Sua abordagem pioneira e ética exemplificam as mais altas aspirações da arquitetura”, aponta o instituto.
FONTE: revistacasaejardim.globo.com