Contêineres habitáveis: projetos inovadores e sustentáveis
Um contêiner naval possui uma vida útil de cerca de 8 anos. Depois, eles são descartados, gerando lixo nas cidades portuárias. Pensando em uma possível escassez de matéria-prima e no excesso de produção de resíduos, arquitetos, designers e engenheiros se voltaram para a estrutura, visando reaproveitá-lo na construção civil.
Assim surgiram os primeiros contêineres habitáveis, que já são bem comuns em diversos países, incluindo o Brasil. Sustentáveis, econômicas, práticas e com uma estética única.
1. Sustentável e inovadora
No Brasil a primeira casa feita com o reuso de contêiner marítimo foi projetada pelo arquiteto Danilo Corbas, em 2011. Foram utilizados quatro contêineres, sendo a construção dois pavimentos, contendo aproximadamente 196 m². A construção na Granja Viana, em São Paulo, gasta menos energia elétrica, capta água da chuva e tem menos manutenção que um lar de alvenaria comum.
2. Elegante e ecologicamente correto
A The 10 Star Home, construída pela empresa de design The Sociable Weaver e projetada em parceria com o escritório Clare Cousins Archtects, contém painéis de energia solar no teto e galão generoso, para reaproveitar a água da chuva. Ela também é a primeira da Austrália a ser carbono positiva, ou seja, não deixará nenhum rastro ecológico no planeta ao final da sua vida útil.
The 10 Star Home (Foto: Reprodução / The Sociable Weaver)
3. Base permanente
A marca canadense Honomobo constrói casas, escritórios, estúdios e outros ambientes em contêineres modulares sobre bases permanentes. Essa tem apenas 33,6 m², mas não dispensa um lindo design e conforto. A estrutura inclui sala integrada com a cozinha, banheiro, espaço para uma cama e para área de trabalho. A casa tem sistema de aquecimento e ar-condicionado e vem preparada para incorporar isolamento térmico e um sistema de energia solar.
Marca canadense Honomobo (Foto: Honomobo / Divulgação)
4. Com isolamento térmico
Neste projeto, assinado pelo arquiteto Jorge Siemsen em Brodowski, São Paulo, foram usados dois contêineres refrigerados de 9 metros, apoiados em muros de pedras. As estruturas abrigam duas suítes. As tumbérgias cobrem parcialmente a casa e ajudam no isolamento térmico, necessário na região que costuma ser muito quente no verão.
Assinado pelo arquiteto Jorge Siemsen em Brodowski (Foto: Lufe Gomes / Editora Globo)
5. Refúgio no campo
Com 194 m² e assinada pelo escritório Andrade Moretim, esta casa contêiner fica em São Roque, interior de São Paulo. Com projeto da paisagista Clariça Lima, chamada para trazer mais ousadia e personalidade à área externa, o jardim se conecta à arquitetura contemporânea com diversas plantas bem volumosas que se destacam.
Assinada pelo escritório Andrade Moretim (Foto: Divulgação / Thais Antunes)
Fonte: www.revistacasaejardim.globo.com